sexta-feira, 7 de agosto de 2009

{O passado que fica}

Últimamente tenho lido as colunas do Ivan Martins - editor-executivo de ÉPOCA. O texto "O Passado que fica" é ótimo, mas na visão das mulheres não é bem assim que funciona. A percepção do editor em relação ao comportamento masculino é fantástico! Colocarei alguns trechos aqui ;)

O passado que fica
Eu sempre tive dificuldade em separar passado e presente.
Ao contrário de uma ex-namorada de quem eu gosto muito, que se gaba de olhar apenas para frente, eu sofro desde adolescente de torcicolo existencial: vivo olhando pra trás, fascinado e (às vezes) apaixonado pelo passado.
Descobri que aos 30 anos não se pode recuperar nada de uma paixão que se teve aos 13.
É engraçado como as pessoas que sofrem da doença da nostalgia criam desculpas para se justificar.

"Ninguém é como ela". "A gente ainda tem uma relação". "Foi a pessoa mais importante da minha vida". "Enquanto eu gostar dela não vou gostar de outra pessoa". E por aí vai.
Minha experiência sugere que os homens são mais propensos a isso do que as mulheres. Ou pelo menos o tempo deles é diferente. Quer dizer, pior.

Mulheres sofrem intensamente e saem rápido da dor, prontas para outra. Ou assim parece. Os homens chafurdam, derrapam. Ficam semanas, meses, anos atolados na mesma crise. Por comparação, as mulheres parecem mais práticas. Ou mais resolutas.
vida (talvez o relógio biológico da maternidade) empurra as mulheres à construção prática do mundo. Os homens têm tempo a perder e o perdem. Às vezes a vida inteira.

Dito isso, as coisas mudam. A vida ensina. Observo os meus amigos nostálgicos, aqueles que pareciam incorrigíveis, e percebo que eles aprenderam a cortar a corrente do passado.
O passado continua uma presença forte. Ele molda o dia de hoje mas não o determina inteiramente, não o impede e, sobretudo, não o substitui.

Ou, como diz aquela ex-namorada que não olha pra trás: se você não quer que uma relação entre para o passado, é bom cuidar dela no presente; é bom garantir que ela esteja lá, no futuro. Faz todo sentido.

Para ler o texto clique aqui ;)

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